1ª VERSÃO
Olha só aquele mendigo fajuta
Um zero, um nada, um mal nascidoFilho de pai desconhecido
Filho de mãe - suprema puta.
Dá uma olhada naquele mendigo
Coitado! Não se compara comigo
É um sujo que até disputa carniça de urubu
Não é como eu que sou do wisky, do caviar e do peru.
Olha só aquela sarjeta
Esses caras só são da mutreta
Como pode! Sem telhado, sem alvará
Vou chamar o delegado. Ele o multará.
Espia só aquele vagabundo
Que tristeza! Que bicho imundo!
Só mesmo a bofetada
É preciso ser do bom, do business e da trepada.
2ª VERSÃO
Eu sou o tal mendigo
Por quê? O porquê não digo
Desconheço o que me fez assim
Afinal, nem eu mesmo sei de mim.
Eu sou o mendigo, o vagabundo
Mas mendigo não é castigo
Mendigo é fugir do mundo
Por não suportar tanto perigo.
Eu sou um mendigo, um mendigo sem nada
Mas o tempo ainda me resta
Para avaliar o que não presta
Para discernir a coisa errada.
Eu concordo, eu sou pária
Não tenho conta bancária
Nem mesmo o sexo pratico
Mas apesar de tudo confesso
que me sinto podre de rico.
Paris, 15 de Julho de 1997
Eu sou o mendigo, o vagabundo
Mas mendigo não é castigo
Mendigo é fugir do mundo
Por não suportar tanto perigo.
Eu sou um mendigo, um mendigo sem nada
Mas o tempo ainda me resta
Para avaliar o que não presta
Para discernir a coisa errada.
Eu concordo, eu sou pária
Não tenho conta bancária
Nem mesmo o sexo pratico
Mas apesar de tudo confesso
que me sinto podre de rico.
Paris, 15 de Julho de 1997
A estrela da manhã
ResponderExcluiré o que procuro
puro poeta
dos bares
e copos
em que me afogo...
Abraços!